terça-feira, 13 de abril de 2010

Perspectiva

É engraçado como as sensações mudam tão rapidamente.
Como habitos rotineiros podem fazer tanta diferença ao serem suprimidos do nosso dia-a-dia, ou ganharem conotações tão diferentes quando postos em outros contextos.

Feijão, brigadeiro, caipirinha viraram motivo de festa, vai saber.














Matando as saudades de casa.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Beeing french

O que é ser francês?
Pensei nisso ontem a noite, numa festa de estudantes, tipicamente francesa.

Quase todas as faculdades aqui tem uma organização chamada Faluche, algo que eu nunca tinha ouvido falar até ir morar com um francês.
O objetivo? Se divertir e conhecer pessoas! Eles tem um código e você se torna membro após um batizado, onde você ganha uma boina (que é a tal Faluche). Essa boina vai contar a sua vida universitária através de códigos representados por fitas e pins. Por exemplo: se você é estudante de medicina uma fita vermelha envolve a sua boina; no centro fica um brasão da cidade que você estuda e ao lado da sua cidade natal. Nas laterais ficam os pins que falam um pouco da sua personalidade (um garfo se você adora comer, um camelo de cabeça pra baixo se você é comprometido, um camelo de cabeça pra cima se você é solteiro... e por ai vai).

Nas festas os membros da Faloucha saem todos com ela, o que é bem engraçado pra quem não faz parte dessa cultura como eu. Ontem fiquei explicando para uma amiga do que se tratavam as boinas e achei que talvez fosse interessante compartilhar!

Assim que o meu amigo chegou, colocou a Faluche dele na minha cabeça... Nunca me senti tão francesa!! :)

Mas claro que ser francês também pode significar carregar uma baguete de baixo do braço... porquoi pas?


















Um francês, sendo francês.

domingo, 4 de abril de 2010

Momentos

Ontem conversei com um amigo sobre a enorme filmografia de Woody Allen. Entre os muitos filmes que falamos sobre estava Hanna e suas irmãs, e lembramos do personagem que havia decidido se matar mas que, ao entrar num cinema e assistir um filme antigo, que ele já havia visto antes, resolve mudar de ideia. Pois nesse momento ele percebe que existem coisas que fazem a vida valer a pena. Não precisa ser nada importante, ou especial... Apenas momentos que você é pego desprevenido e consegue ver que ha tanta felicidade no mundo que não se pode desperdiçar.


Hoje tive um almoço de páscoa com pessoas já muito queridas que conheci aqui em Lyon. Não foi muita gente (grande parte viajou no feriado), não fizemos nada de extraordinário... Apenas almoçamos e jogamos conversa fora. Foi um bom dia. Fez a minha vida valer a pena.

Feliz Páscoa.













Momento da semana passada, em Isle sur la Sorgue, França

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Il faut tout écrire

Hoje fui à uma exposição de arte contemporânea. Bem interessante, daquelas que te fazem pensar: o que é arte?
Seguindo o conselho do Ben, resolvi escrever alguma coisa. Qualquer coisa. O que importa?



Por isso deixo um pensamento do Picasso que eu gosto bastante.

"Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela,mas há aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol."

quarta-feira, 31 de março de 2010

Practice

Há tempos que venho tentando começar a escrever. Não porque faço questão de ser lida, apenas por uma estranha vontade, por pura e simples curiosidade. O problema é que nunca consegui dar o primeiro passo, sempre me pareceu uma coisa de certa forma impossível pra mim. Fui adiando e guardando essa vontade, que, desde que vim pra França, começou a ser mais e mais frequente.

Ontem fui ao cinema assistir "Alice in Wonderland", a tão esperada versão de Tim Burton, e no filme aparece essa frase, que tinha me cativado bastante ao ler o livro "Alice através do espelho", de Lewis Carrol, anos atrás, mas que há tanto ficou esquecida no meio de outras: "Why, sometimes I've believed as many as six impossible things before breakfast".
Resolvi então tornar a primeira coisa impossível real.
Não sei ainda que caminho vou seguir, sobre o que vou escrever, mas aqui está, meu primeiro post.


"- I can't believe that!' said Alice.
- Can't you?' the Queen said in a pitying tone. 'Try again: draw a long breath, and shut your eyes.'
Alice laughed: 'There's no use trying,' she said; 'one can't believe impossible things.'
-I daresay you haven't had much practice, said the Queen. 'When I was younger, I always did it for half an hour a day. Why, sometimes I've believed as many as six impossible things before breakfast."

–Lewis Carroll, Através do espelho